O baklava é uma sobremesa tradicional composta por camadas finíssimas de massa filo (ou phyllo), intercaladas com nozes ou pistaches moídos, e regadas com calda de açúcar, mel ou xarope de rosas.
Depois de assada até atingir um dourado crocante, a sobremesa é cortada em losangos ou quadrados e servida fria ou em temperatura ambiente. É um doce famoso no Oriente Médio, nos Bálcãs, na Ásia Central e em grande parte do Mediterrâneo Oriental.
Origem e Disputa Cultural
A origem exata do baklava é motivo de debate. Turcos, gregos, árabes, persas e armênios reivindicam a criação dessa iguaria:
- Império Otomano: muitas fontes apontam que o baklava, como o conhecemos hoje, foi aprimorado nas cozinhas do Palácio Topkapi, em Istambul, no século XV.
- Influências anteriores: há registros semelhantes na Pérsia e na Mesopotâmia antigos, com camadas de pão e nozes adoçadas com mel.
- Tradições locais: na Grécia, usa-se geralmente noz com canela; na Turquia, pistache e xarope de açúcar; no Líbano, a versão costuma ser mais leve e aromática.
O que é certo é que o baklava transcende fronteiras, sendo um símbolo da riqueza culinária da região e presença obrigatória em celebrações, casamentos e festividades religiosas como o Ramadã e o Natal Ortodoxo.
Como é Feito o Baklava?
- Massa filo: feita com farinha, água e pouquíssima gordura, aberta manualmente até atingir a espessura de um papel.
- Recheio: normalmente feito com nozes, pistaches ou amêndoas, levemente adoçados e aromatizados (canela, cravo, cardamomo).
- Montagem: camadas sobrepostas de massa com manteiga clarificada (ghee), alternadas com recheio.
- Assamento: forno moderado até dourar.
- Calda: despejada sobre o doce ainda quente. Pode ser de mel com limão, ou de açúcar com água de flor de laranjeira.
Curiosidades sobre o Baklava
- Em Istambul, era tradicionalmente oferecido aos soldados otomanos no Baklava Alayı, um desfile cerimonial.
- Existem mais de 50 variações regionais de baklava, algumas usando ingredientes como chocolate, sorvete ou até queijo.
- O número de camadas pode chegar a mais de 40 em versões mais tradicionais.
Onde Comer um Baklava Autêntico?
- Turquia: Gaziantep é considerada a capital do baklava, especialmente com pistache.
- Grécia: presente em quase toda padaria e restaurante típico, com toque de canela.
- Líbano e Síria: versões mais delicadas, com água de rosas e flor de laranjeira.
- Bálcãs: encontrado em países como Bulgária, Albânia e Sérvia, com adaptações locais.
Conclusão
O baklava não é apenas uma sobremesa – é um reflexo das rotas comerciais, trocas culturais e tradições ancestrais que moldaram as civilizações da Eurásia.
Cada pedaço conta uma história diferente, com camadas que misturam ingredientes simples e uma herança complexa. Seja servido em um café árabe, café turco ou em uma mesa de família grega, o baklava é um convite à partilha, à doçura e à história.
Se quiser, posso montar uma seção com variações regionais do baklava ou um infográfico com ingredientes típicos de cada país. Quer seguir por esse caminho?